sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Eu também sonhei ser jogador de bola


Há alguns anos o time de futebol do Poço visitava os outros povoados com a sua equipe.  O time principal era o Jatobá. Quando alguém queria elogiar um músico dizia “esse pode gravar um LP”; quem queria elogiar um jogador de futebol dizia: “esse pode fazer um teste pra um time profissional”. Tínhamos jogadores nesse porte, como: Reinilton, Gatin, e outros.
Dos que eu conheço, infelizmente, ninguém conseguiu subir na carreira do futebol. Optaram mesmo por estudar, também uma boa escolha. Mas, esses jogos eram uma resenha. Existam os povoados onde a gente sempre queria ir, normalmente porque havia uma torcida feminina muito bem organizada, a exemplo de Boca D’Água e Hidrolândia.
Os que ficavam no Poço sabiam normalmente do resultado quando o Carro de Zé do Óleo entrava na localidade. Escolhíamos a sua Picape pelo fato de o mesmo não se importar que batêssemos na lataria, como percussão. Assim, se ganhássemos por dois a um, fazíamos um coro: pá, pá, pá é 2 a 1, pá, pá, pá é 2 a 1. Todavia, se perdêssemos, era um silêncio, que só sabia da chegada, pelo barulho da picape da década de 70/80.
Que tempo bom. Quando estou por lá, raramente vejo essa cena. O esporte também precisa ser resgatado na cidade.

Um comentário:

Pedro Primo disse...

Caro Fábio, quem foi menino naqueles rincões que não quis ser jogador de bola? como diz muito bem Celito em sua canção "jogador de bola". Ficava esperando chegar o domingo para pegar a bicicleta, o cavalo ou mesmo ia a pé jogar bola no Caldeirão, Gia, Paraibinha, Brasil. Quando era mais longe como Hidrolândia, Traíras, Sobreira dava-se um jeito de ir de carro. Isso era muito bom. Não se muito a meninada fazendo isso. Tens razão, precisa-se resgatar essas coisas simples mas, de grande valor.
Abraço!