Há alguns anos o time de futebol do Poço visitava os outros povoados com a sua equipe. O time principal era o Jatobá. Quando alguém queria elogiar um músico dizia “esse pode gravar um LP”; quem queria elogiar um jogador de futebol dizia: “esse pode fazer um teste pra um time profissional”. Tínhamos jogadores nesse porte, como: Reinilton, Gatin, e outros.
Dos que eu conheço, infelizmente, ninguém conseguiu subir na carreira do futebol. Optaram mesmo por estudar, também uma boa escolha. Mas, esses jogos eram uma resenha. Existam os povoados onde a gente sempre queria ir, normalmente porque havia uma torcida feminina muito bem organizada, a exemplo de Boca D’Água e Hidrolândia.
Os que ficavam no Poço sabiam normalmente do resultado quando o Carro de Zé do Óleo entrava na localidade. Escolhíamos a sua Picape pelo fato de o mesmo não se importar que batêssemos na lataria, como percussão. Assim, se ganhássemos por dois a um, fazíamos um coro: pá, pá, pá é 2 a 1, pá, pá, pá é 2 a 1. Todavia, se perdêssemos, era um silêncio, que só sabia da chegada, pelo barulho da picape da década de 70/80.
Que tempo bom. Quando estou por lá, raramente vejo essa cena. O esporte também precisa ser resgatado na cidade.
Um comentário:
Caro Fábio, quem foi menino naqueles rincões que não quis ser jogador de bola? como diz muito bem Celito em sua canção "jogador de bola". Ficava esperando chegar o domingo para pegar a bicicleta, o cavalo ou mesmo ia a pé jogar bola no Caldeirão, Gia, Paraibinha, Brasil. Quando era mais longe como Hidrolândia, Traíras, Sobreira dava-se um jeito de ir de carro. Isso era muito bom. Não se muito a meninada fazendo isso. Tens razão, precisa-se resgatar essas coisas simples mas, de grande valor.
Abraço!
Postar um comentário