terça-feira, 13 de abril de 2010

Espírito de porco

Enquanto eu ouvia o poeta André Marques,
Que apresentava a sua parte
Todos se divertiam
Na semana IX de arte.

Ouvi o poeta falar
que em uma cidade do interior
Com muita gente bonita
Com muita água e calor
Havia um médico que
Pelo povo tinha amor

Ele atendia todo mundo
De bêbados até beatas
De menino a vovô
De padre a pastor
De vaqueiro a lavrador
De analfabeto a diplomata
Na casa do paciente,
Tudo a ele servia,
Galinha, feijão, cuzcuz,
Milho verde e melancia.

O sonho durou pouco,
Pois na pequena cidade,
rodeado de maldade,
Apareceu um espírito de porco.

E disse assim doutor,
Com tanta amizade que tem o senhor,
De tanto o bem ter feito,
Quero que o senhor seja prefeito,
E eu serei seu vereador.

O sonho virou pesadelo
como diz o ensinho bíblico,
A cidade perdeu um bom médico,
Mas ganhou um mal político.

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