Tão parecida com a 1ª eleição vitoriosa de Lula, que após perder 03 vezes se elegeu na 4ª tentativa, foi a eleição de Pedro Rocha em Uibaí.
Com uma diferença de 14 votos, a oposição uibainse surpreendeu a todos com a tomada do poder. Como escrevi anteriormente, em política, nem sempre os fins justificam os meios. Porém, é fato que as alianças em Uibaí levaram o candidato do PT a se eleger. O apoio de Reinaldo Braga, Dorival, entre outros ex-adversos, foram fundamentais para alcançar o objetivo.
Entretanto, este objetivo jamais seria alcançado sem a doação pessoal de militância esquerdista de Uibaí. Diversos nomes sempre contribuíram com críticas às outras administrações, apontando falhas e indicando soluções. Repentinamente, de pedra, passa-se a vidraça. Neste novo momento, cumpre também destacar a vitória pessoal de Dorival, já que o mesmo conseguira eleger sua filha (Vereadora Vivi) e seu filho (Vice Prefeito Rodrigo), vinte e quatro anos depois de ter perdido a eleição de prefeito para Hamilton, pondo fim a uma seqüência de vitórias deste e, por coincidência, os filhos de ambos concorrendo ao cargo de vice-prefeito.
Os eleitores de Pedro Rocha estão rindo à toa. Talvez o grito que ficou engasgado na campanha de Osvaldo Alencar, como expôs Edmário Oliveira Machado em Pelas Veias da Esperança tenha se libertado. Se não foi este grito, talvez tenha sido muito parecido.
O sol de outubro brilhou diferente. A esperança renasce nos jovens corações daqueles que aguardavam há anos uma mudança significativa na direção do município. Amigos relatam o desejo de que alguns entes queridos que já partiram estivessem presentes, para acreditar no que estava acontecendo. Com medo de não ser verdade alguns pediam para ser tocados, achavam que estavam sonhando. O momento é mágico. Mas, faltando pouco menos de 03 meses para a entrega do mandato é necessário pisar no chão e começar a pensar na transição, de maneira que seja tranqüila e eficiente. Uibaí precisa resgatar o seu destaque no desenvolvimento de ciência na região, destaque nos vestibulares, nas artes, nos concursos, na cultura em geral. É preciso investir nos pontos nos reconduza ao pódio do conhecimento. Espero que o São João de Uibaí seja para o povo, sem culto à personalidade; que a semana de arte volte a acontecer; que os deficientes sejam lembrados; que os idosos tenham um tratamento mais humano na área de saúde; que as escolas públicas sejam dirigidas por pessoas experientes; que não haja perseguição política; que a CEU, CEUBRAS, Igreja e Centro Espírita Voltem a organizar as festas juninas; que aqueles que não acreditavam no nosso projeto, possam reconhecer o erro cometido; que em todos os povoados hajam opções de prática de esportes, em fim, vamos sonhar e torcer que esta vitória do PT não signifique apenas uma mudança de nome, mas uma mudança de atitude que venha melhorar a vida dos que resistiram e em memória dos que foram sem conhecer o progresso desejado.
Espaço destinado a publicar informações sobre o nosso pé de serra querido.
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Uibaí escolheu uma nova direção
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BOCA DO INFERNO, 11 de outubro
ELEIÇÕES DE UIBAÍ, ENTRE 2004 E 2008
UMA VITÓRIA DE PIRRO?
Pedro Rocha está com a barriga esfolada, ganhou a eleição com minguados 14 votos de frente... Passou arrastando. Quase perdeu. Os 14 votos que lhe garantiram a vitória têm como enfeite o couro da barriga do candidato e o couro moral de muita gente que se sentiu na obrigação de apoiá-lo, embora repudiasse as coligações amarradas pelo grupo defensor da candidatura. É possível inclusive que o referido candidato tenha perdido a liderança já tradicional na sede. A verdade é que de 2000 para 2004 sua frente na sede caiu visivelmente (alguém que tenha os dados nos ajude). Essa vitória está com cara de vitória de Pirro! Sabem aquela guerra desastrada do rei Pirro? Confiram depois!
O certo é que os dados para vereador, cujas variáveis são muitas, vão dando elementos para ver a oscilação avaliativa do eleitor. Vejamos alguns exemplos:
Vilmar, de 544 votos em 2004, caiu para 254 votos. Desempenho medíocre, muito abaixo da votação que recebeu em 2004, quando foi o segundo mais votado. Muito menos que a metade dos votos. O péssimo desempenho de Vilmar tem algumas variáveis, uma delas é a sua inexpressiva atuação parlamentar. Outra deve ter sido achar que poderia ser reeleito sem muito empenho na campanha, como fez Tarcísio em 2004. Comenta-se também que ele teria tentado passar votos para Dóris. Politicamente é uma fracasso.
Já Dóris, de ínfimos 194 votos em 2004, saltou para 397 votos. Evoluiu muito com relação a 2004, mais que o dobro. Visivelmente, o candidato que mais se beneficiou da coligação com o grupo de Dorim (fora o próprio Dorim) foi Dorisdei. Nenhum outro candidato da coligação conseguiu nem mesmo dobrar os votos de 2004.
Armênia, dos 307 votos em 2004 que quase a deixaram fora da câmara, saltou para 579 votos. Evoluiu surpreendentemente, quase dobrou a votação. Esse foi um caso parecido com o de Dorisdei. Do lado de Raul, Armênia se beneficiou da ausência de Dorival e Mãezinha que tiveram respectivamente 728 e 404 votos em 2004 e arrematou a maior votação individual de 2008 para vereador.
Tarcisio, de 411 votos recebidos em 2004, conseguidos praticamente sem campanha, evoluiu bem para 498, mas coloca em dúvida o prestígio eleitoral de alguns de seus apoiadores que sustentam a tese de que ele deve ser vereador eterno em Uibaí.
Davi do Poço, a exemplo de outros, teve fraco desempenho. Dos 379 votos obtidos em 2004 subiu para 412 nessas eleições. Dividiu os votos do PDT um o tal Frank que não foi eleito embora tenha recebido uma votação razoável, 303 votos.
Djalma, dos sofridos 91 votos de 2004, evoluiu para 141, poderia ter obtido vantagens da coligação, mas, ao que parece, é uma presença negra incômoda que gravita em torno do miolo do poder da frente. Há comparsas de coligação que não perdem chance de rechaçá-lo, sobretudo os do PT.
Dorival, o candidato mais votado em 2004, com inacreditáveis 728 votos, abriu mão da disputa para beneficiar notadamente Dorisdei. Fora a própria Dorisdei, cuja personalidade desperta pouca afeição popular, foi Dorim quem a impossibilitou de se eleger em 2008. Mas, de reconhecida habilidade e cara de pau, Dorim faturou o cargo de vice-prefeito e emplacou de lambuja uma herdeira política na câmara de vereadores com 368 votos. Dorim e Dóris são os grandes vencedores da coligação.
Para fechar essa análise parcial, resta falar do PC do B, que evadiu da frente em troca do cargo politicamente simbólico de Assessor de Comunicação da prefeitura de Raulzinho, ocupado por Gilson Monteiro. O PCdoB continua insignificante, seu capital eleitoral se resume aos ridículos 104 votos obtidos por Marcos Monteiro, irmão de Gilson. Se já eram zero à esquerda (matematicamente falando, porque politicamente nunca foram de esquerda), agora são mais do que nunca.
Por fim, há uma “surpresa” eleitoral: o tal Marcão, do grupo de Raul, que se elegeu com 563 votos. É bom frisar que apenas ele e Armênia viraram a casa dos 500 votos nessa eleição. Embora novato na disputa, Marcão foi o segundo mais votado. Sua expressiva votação e a de Armênia servem para questionar quem saiu concretamente mais forte da eleição. Aliás, as legendas campeãs de votos para vereador foram o PTB de Armênia, com 2616 votos; o PSDB do tal Marcão em segundo lugar com 1520 votos, ambos da base de Raul. O PT de Dóris e cia, com Wagner e tudo, amargou um terceiro lugar, com 1455 votos. Talvez a vitória de Pedrinho e sua frente saco-de-gatos esteja mais para uma vitória de Pirro. Há braços!
BOCA DO INFERNO
11 October 2008
ELEIÇÕES DE UIBAÍ, ENTRE 2004 E 2008
UMA VITÓRIA DE PIRRO?
Pedro Rocha está com a barriga esfolada, ganhou a eleição com minguados 14 votos de frente... Passou arrastando. Quase perdeu. Os 14 votos que lhe garantiram a vitória têm como enfeite o couro da barriga do candidato e o couro moral de muita gente que se sentiu na obrigação de apoiá-lo, embora repudiasse as coligações amarradas pelo grupo defensor da candidatura. É possível inclusive que o referido candidato tenha perdido a liderança já tradicional na sede. A verdade é que de 2000 para 2004 sua frente na sede caiu visivelmente (alguém que tenha os dados nos ajude). Essa vitória está com cara de vitória de Pirro! Sabem aquela guerra desastrada do rei Pirro? Confiram depois!
O certo é que os dados para vereador, cujas variáveis são muitas, vão dando elementos para ver a oscilação avaliativa do eleitor. Vejamos alguns exemplos:
Vilmar, de 544 votos em 2004, caiu para 254 votos. Desempenho medíocre, muito abaixo da votação que recebeu em 2004, quando foi o segundo mais votado. Muito menos que a metade dos votos. O péssimo desempenho de Vilmar tem algumas variáveis, uma delas é a sua inexpressiva atuação parlamentar. Outra deve ter sido achar que poderia ser reeleito sem muito empenho na campanha, como fez Tarcísio em 2004. Comenta-se também que ele teria tentado passar votos para Dóris. Politicamente é uma fracasso.
Já Dóris, de ínfimos 194 votos em 2004, saltou para 397 votos. Evoluiu muito com relação a 2004, mais que o dobro. Visivelmente, o candidato que mais se beneficiou da coligação com o grupo de Dorim (fora o próprio Dorim) foi Dorisdei. Nenhum outro candidato da coligação conseguiu nem mesmo dobrar os votos de 2004.
Armênia, dos 307 votos em 2004 que quase a deixaram fora da câmara, saltou para 579 votos. Evoluiu surpreendentemente, quase dobrou a votação. Esse foi um caso parecido com o de Dorisdei. Do lado de Raul, Armênia se beneficiou da ausência de Dorival e Mãezinha que tiveram respectivamente 728 e 404 votos em 2004 e arrematou a maior votação individual de 2008 para vereador.
Tarcisio, de 411 votos recebidos em 2004, conseguidos praticamente sem campanha, evoluiu bem para 498, mas coloca em dúvida o prestígio eleitoral de alguns de seus apoiadores que sustentam a tese de que ele deve ser vereador eterno em Uibaí.
Davi do Poço, a exemplo de outros, teve fraco desempenho. Dos 379 votos obtidos em 2004 subiu para 412 nessas eleições. Dividiu os votos do PDT um o tal Frank que não foi eleito embora tenha recebido uma votação razoável, 303 votos.
Djalma, dos sofridos 91 votos de 2004, evoluiu para 141, poderia ter obtido vantagens da coligação, mas, ao que parece, é uma presença negra incômoda que gravita em torno do miolo do poder da frente. Há comparsas de coligação que não perdem chance de rechaçá-lo, sobretudo os do PT.
Dorival, o candidato mais votado em 2004, com inacreditáveis 728 votos, abriu mão da disputa para beneficiar notadamente Dorisdei. Fora a própria Dorisdei, cuja personalidade desperta pouca afeição popular, foi Dorim quem a impossibilitou de se eleger em 2008. Mas, de reconhecida habilidade e cara de pau, Dorim faturou o cargo de vice-prefeito para o filho e emplacou de lambuja uma herdeira política na câmara de vereadores com 368 votos. Dorim e Dóris são os grandes vencedores da coligação.
Para fechar essa análise parcial, resta falar do PC do B, que evadiu da frente em troca do cargo politicamente simbólico de Assessor de Comunicação da prefeitura de Raulzinho, ocupado por Gilson Monteiro. O PCdoB continua insignificante, seu capital eleitoral se resume aos ridículos 104 votos obtidos por Marcos Monteiro, irmão de Gilson. Se já eram zero à esquerda (matematicamente falando, porque politicamente nunca foram de esquerda), agora são mais do que nunca.
Por fim, há uma “surpresa” eleitoral: o tal Marcão, do grupo de Raul, que se elegeu com 563 votos. É bom frisar que apenas ele e Armênia viraram a casa dos 500 votos nessa eleição. Embora novato na disputa, Marcão foi o segundo mais votado. Sua expressiva votação e a de Armênia servem para questionar quem saiu concretamente mais forte da eleição. Aliás, as legendas campeãs de votos para vereador foram o PTB de Armênia, com 2616 votos; o PSDB do tal Marcão em segundo lugar com 1520 votos, ambos da base de Raul. O PT de Dóris e cia, com Wagner, helicóptero e tudo, amargou um terceiro lugar, com 1455 votos. Talvez a vitória de Pedrinho e sua frente saco-de-gatos esteja mais para uma vitória de Pirro. Há braços!
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