segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Salina VII - A salina rotou!


Havia um dia ano que a Salina apresentava um fenômeno estranho. Normalmente à tardinha ou à noite, um mau cheiro cobria a comunidade de Poço. Se o leitor estiver em São Paulo, algo pior do que o cheiro do Tietê poluído, em Irecê, pior que a antiga Rua da Banha, em Salvador, as proximidades da Embasa Rio Vermelho. Um odor insuportável!

Esse cheiro vinha acompanhado da morte. Muitos peixes não sobreviviam ao que se dizia: “ a lagoa rotou”.  Supõe-se que os resíduos depositados na salina, levados pela enxurrada, haviam sido consumido pelas bactérias, gerando um gás, que, naquela época era liberado.

Muitas tilapes, curimatás, traíras e outras espécies amanheciam boiando na água. Uma coisa bem chamativa. Às vezes nem se imaginava que naquela água existia peixes daquele tamanho.

Por consequência, a água ficava nojenta. Não se tem notícia que já fora feita alguma análise na água da lagoa para saber sobre os coliformes fecais ali existentes e a verdadeira origem desse fenômeno.  
Pois, fiquem sabendo que, quando havia muita água na salina, também havia o fenômeno de a lagoa rotar, sem pedir desculpas.

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