Havia um dia ano que a Salina apresentava um fenômeno
estranho. Normalmente à tardinha ou à noite, um mau cheiro cobria a comunidade
de Poço. Se o leitor estiver em São Paulo, algo pior do que o cheiro do Tietê
poluído, em Irecê, pior que a antiga Rua da Banha, em Salvador, as proximidades
da Embasa Rio Vermelho. Um odor insuportável!
Esse cheiro vinha acompanhado da morte. Muitos peixes não
sobreviviam ao que se dizia: “ a lagoa rotou”. Supõe-se que os resíduos depositados na
salina, levados pela enxurrada, haviam sido consumido pelas bactérias, gerando
um gás, que, naquela época era liberado.
Muitas tilapes, curimatás, traíras e outras espécies
amanheciam boiando na água. Uma coisa bem chamativa. Às vezes nem se imaginava
que naquela água existia peixes daquele tamanho.
Por consequência, a água ficava nojenta. Não se tem notícia
que já fora feita alguma análise na água da lagoa para saber sobre os
coliformes fecais ali existentes e a verdadeira origem desse fenômeno.
Pois, fiquem sabendo que, quando havia muita água na salina,
também havia o fenômeno de a lagoa rotar, sem pedir desculpas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário