segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Picolé Premiado

Mais uma vez resolvi escrever sobre as coisas da infância. Lembro-me de um senhor, de nome Betinho, que vendia picolé.
A criançada gostava de Betinho porque ele sabia quais eram os picolés premiados. Era pedir e ele prontamente nos vendia o picolé primiado, ou seja, vinha com um carimbo que garantia outro picolé.
Se perguntasse a uma criança: você quer um automóvel ou picolé premidado, você já sabia a resposta. Era claro que o picolé era melhor.
O picolé só aparecia em dia de missa ou em jogo de futebol. Esses eram os eventos mais importantes da comunidade. Acertar em um picolé premiado era assunto para muito tempo. Naquela época as missas aconteciam a cada 04 meses, tinha uma atenção especial. Dia de missa era dia de festa, dia de batizado então...
Recordo-me daquelas batidas de coco com suco (ki - suco), cujas tampas eram as embalagens do pó colorido, com sabor artificial de alguma coisa.
Os mais ricos rodeavam a mesa de batida, tinha bolo, brevidades e muito mais. Mas se eu tivesse acertado no picolé da sorte, estava tudo melhor.
Interessante que Betinho desapareceu. Hoje não vejo mais picolé premiado, batida, nem nada. Tempo que castiga.

Um comentário:

Celito Regmendes disse...

gosto de textos nostálgicos... falar em Q SUKI os mais badalados do meu tempo eram o vermelho MORANGO,UVA E GROSELHA... sempre adoreias nossas frutas tradicionais mas não sei por q Q SUKI tinha mais brilho, coca- cola e guaraná, bebida dos ricaos, iiiiiiihhhhhhhhhhh aí era atingir o paraíso ... picolé premiado tambem era uma forma muito especial de ter acesso ao paraíso, infelizmente sempre fui meio azarado e mes qdo tav a com um graninha q dava pra comprar 2 ou 3 não acertava no desgraçado, aliás, no bendito...