sábado, 22 de agosto de 2009

"O novo sempre vem!"

Hoje me lembrei de como eram as festas no Poço, Uibaí, Baixão do Poço, Hidrolândia, Boca D'água e Chapadinha.
Era tão diferente de hoje. As conversas eram outras, aceitávamos o mundo como ele era, como a gente o entendia. Se não chovia era porque Deus queria? Parecia que a nossa sina era "morrer de caldeirão" [Elson Cavalcante]. Mas a gente driblava a sorte, a seca, a sina.
Muitos se atiravam mundo a fora em busca da sorte perdida. Parecia que aqueles que conseguiam sair eram premiados com a chance de mudar de vida. Conversa fiada. Saímos com o coração partido, com saudade de tudo e de todos e nem sempre as coisas davam certo.
O fascínio pela cidade grande prende a algumas coisas nos grandes centros que são mais práticas e rápidas, principalmente com relação a atendimento médico, estudos, emprego...
Bem e por que o novo sempre vem? A resposta mais correta seria: porque ele sempre vem. Nos temos que nos adaptar. O que vivenciamos neste momento foi considerado novo pelos nossos pais. Energia, telefone, água encanada, tudo isso que as "gerações" a partir 1985 vivenciam como normal, não o era que os "antigos".
Até nas festas pude vivenciar um comportamento que chamava a atenção. Ao adentrar em determinado clube, éramos marcados com um carimbo, o qual significava a quitação do ingresso. Hoje acharíamos isso muito estranho. Mas, no passado, isso era motivo de "status". Puxa vida, ter dinheiro para entrar em uma festa era um bom sinal. O sujeito se divertia, arranjada namorada, amanhecia o dia feliz. Hoje o carimbo é sinônimo de burocracia e causa de LER (doença - lesões por esforços repetitivos), mas para a gente tinha outro significado. Por hoje é só.

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