quinta-feira, 7 de julho de 2011

O Pé do Alto e a Rádio de Chapadinha


Alguns povoados mudaram de nome, mas a gente não se acostumou a chamá-los pelos atuais. Exemplo disso é o povoado de Alto Branco, que para os mais íntimos é Pé do Alto; e Alto da Cruz, para muitos ainda é Baixão de Antonio Fulô. Aqui vai uma estória que ocorreu por lá.

Vivia no Boi Carreiro, na fazenda de Dr. Wilson (da Codefasf), próximo ao Baixão de Antônio Fulô, um indivíduo de nome Zé Carneiro. Uma de suas habilidades era falar a verdade.

Dentre essas verdades, ele conta de uma abelha que tirou (que colheu o mel), na qual encontrou duas motos entre os favos. Segundo ele, as abelhas se aproveitaram das motos que haviam sido abandonadas no carrasco (tabuleiro, capoeira, mata fechada) e as envolveram com sua casa.

Zé Carneiro não dividia o que era coisa séria do que era piada. Certa  vez ele chegou no Baixão e falou para Medes que tinham inaugurado uma rádio em Chapadinha; que a sintonia ficava “bem no cantinho”. Medes prontamente tentou sintonizar. Tentava, tentava e o cordão do rádio estava para quebrar.
Na Segunda, quando ia para a feira de Uibaí, no Carro de Edgar da Laranjeira, Medes encontrou Zé Carneiro e disse: Zé, eu não achei a Rádio da Chapadinha! Zé Carneiro disse: Você girou o botão? – Girei. Ficou duro?. – Ficou! Pois era a ladeira do Pé do Alto. Se você roda mais um pouco chegava na Chapadinha. Foi uma graça só !!!

A fama de Zé Carneiro se espalhou. Ele usava as piadas como forma de se comunicar. Hoje, se alguém daquelas bandas disser: Quieta Zé Carneiro! É o mesmo que dizer: deixa de ser mentiroso.

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