Conversando com Valdim de João Capa Porca, ele me informou que, no Boi Carreiro existem, pelo menos duas cavernas que guardam muitas riquezas.
Segundo ele, ainda criança, há cerca de 40 anos atrás, quando andava pela mata, ao pé do alto branco, avistou um buraco, uma "loca".
Nesse buraco havia uma raiz de gameleira, sobre a qual eles escorregaram, por uns dez metros, em inclinação. Após esse espaço, a raiz terminava, adentrando ao chão, já dentro da "loca". Ele se arriscou, juntamente com outro aventureiro e pulou. Alcançaram o chão a mais o menos dois metros. Lembrem, a raiz já havia inclinado uns três, logo eles estavam a pelo menos 05 metros no subsolo.
Nos dizeres dele, havia um "salão", com uma areia muito alva. Chamou também à atenção a existência de ossos de diversos tamanhos, que eles não souberam identificar a que animal pertencia.
Suspeitaram de que uma onça usasse o local para comer suas presas. Continuando a caminhada, com um teto de pedra escura acima de sua cabeça, conseguiram avistar pelo menos duas panelas de pedra.
Ele acredita que andou mais ou menos uns 100 metros na caverna, não encontrando o fim, e que acha que tem mais outros cem metros de extensão.
Tendo ficado admirado com tal informação, comentei com Sinó, que já foi morador da área. Ele disse que conhece uma das cavernas e que tem um verdadeiro salão. Descreveu ainda que existe uma água que pinga o tempo todo, formando uma figura impressionante de pedra, tanto em cima, como em baixo (estalactites e estalagmites).
Disse ainda que em certo ponto existe uma figura esculpida, que lembra um touro; que acredita que tal caverna fora destruída por uma indústria de cal, de propriedade de Dorival, que funcionou por lá na década de 80.
Aos aventureiros de Uibaí, fica o desafio de explorar essa riqueza e contar tudo o que descobriram por lá.
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