domingo, 8 de junho de 2008

É tempo de São João

Há alguns anos, tendo restabelecer uma antiga tradição do sertão: a fogueira em pé. Este ano, com fé em Deus e em São João, dia 23 de junho haverá fogueira, do mesmo jeito do ano passado.
Mas o que vem a ser essa tal de fogueira em pé. Amigos da cidade, vocês são testemunha, que quando eu falo esta questão vocês ficam sem entender o que quero dizer.
Mas, nós da roça, sabemos muito bem o que isso significa. A nossa fogueira em pé é uma brincadeira, típica das festas juninas, onde se coloca brindes em uma galha de árvore que fica no centro da fogueira e , após a queda desta galha, os brindes são retirados pela criançada.
É importante que não haja muitas fogueiras em pé, até porque se cortariam muitas galhas, prejudicando o meio ambiente.
Mas, o efeito dessa tradição é observado na ansiedade das crianças, no exercício da tolerância. Elas sonham com os brindes, e colocam aquelas pequenas lembranças como prioridade, e vão atrás...
Como todo aglomerado, sempre existe algum conflito. Aí a gente tenta contornar, pedindo auxílio aos maiores, para manter a segurança dos pequenos.
No Poço, haverá São João na Praça, dias 28 e 29/06. Já existem quadrilhas de São João ensaiando. Quem puder, vá prestigiá-las. É um momento de integração que nos aproxima uns dos outros. Ali vemos nosso parentes, filhos de amigos, se divertindo e animando a festa. O São João é uma festa para ser brincada em paz, tendo como conseqüência o acúmulo de energia para gastarmos na nossa vida diária.
Um abraço.

Um comentário:

Alan Oliveira Machado disse...

A MISÉRIA DA ÉTICA

O que representa e quais reflexos terão esse comportamento dos 'salvadores e reconstrutores' de Uibaí na orientação da comunidade canabrabeira? Eis um tema para se ir pensando. De entrada recorro a Cornélius Castoriadis em "A miséria da Ética", para esboçar uma primeira provocação. A opção pelo pragmatismo político, que já pode ser tratado como uma espécie de carlismo vermelho, deve instaurar uma "crise de significados imaginários sociais, (...) esses significados são o fator de coesão da sociedade". Com esse imaginário social, vetor da unidade da população, em pedaços o que restaria além da aposta no vale tudo? Quem vai querer saber de consciência, organização popular, bem-estar social etc.? Estamos em plena "miséria da ética", na época em que um Frankstein político se levanta para abraçar o poder a qualquer custo. E todo mundo no mocó... Mas o povo está cansado de saber que por trás de Franksteins sempre existem os cientistas malucos que os criaram. Não adiante se esconderem, vocês vão ser responsabilizados. Estamos feitos com uma zorra dessas! Há braços! Prof. Alan Oliveira Machado